quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um Dia, o livro do ano!

Um Dia, de David Nicholls. Faz mais de um mês que terminei de lê-lo. E daí? O livro perdura no meu consciente. 

Por vezes, em diversas situações do cotidiano, no amor e no ódio, meu ou alheio, me vem à tona alguma lembrança de Emma e Dexter, os protagonistas deste inesquecível (!) romance. 

Emma e Dexter. Dexter e Emma. Em e Dex. Grave estes nomes, como se possível fosse esquecê-los. 

Love story passada em Londres, de 88 até 2007, sempre na mesma data: 15 de julho. 

Quem viveu aquela época talvez fique nostálgico. Quem, como eu, estava nascendo, vai se apegar a outros fatores. 

Pouco importa sua idade, sua crença, ou o tamanho da sua fé: Um Dia vai mexer com você! 

Se quiser, por antecipação, se sentir intimidado, tudo bem. Porque, cedo ou tarde, tão logo no início, na metade ou a caminho do fim, Um Dia vai te cercar e, com naturalidade incomum, te apunhalar. Por trás, pela frente, no peito e, constantemente, no coração. Faz rir, gargalhar, pensar, refletir; chorar, lamentar, sonhar, cair. 

Um Dia tem milhões de caras e, ao mesmo tempo, cara nenhuma. Tem a sua cara. Sim, Emma se parece com você. Dexter, idem. Aceite a identificação. Se surpreenda. Sinta-se ameaçado. Um Dia, mesmo que demore ou, simplesmente, apenas por um dia sequer, vai te tocar. Profundamente. Dolorosamente. Alegremente. 

Leia Um Dia. Logo! Não corra o risco de morrer com esta lacuna. Clamo pro seu bem. Pro seu próprio bem.

(Comentários adicionais sobre o livro que não consegui incluir no texto):

Talvez o sucesso de Um Dia se deva ao fato dele ser um livro de todos. Sabe aquele slogan "Brasil, um país de todos"? Pois é. A identicação com os protagonistas Emma e Dexter varia entre um e outro a medida que as páginas são viradas. Eu, como David Nicholls, o autor do romance, me vi mais em Emma. Romântica, sensível, insegura, excessivamente depreciativa;

Desconfio que Um dia, lançado em Londres há dois anos e, no Brasil, em maio deste ano, é sucesso exatamente por falar um pouco de cada um de nós. Emma e Dexter, os protagonistas desta ficção maquiada de história real, são vistos com nossas atitudes, nossas palavras, nossas frases, nossas angústias amorosas. São nossos clones. Nossa identidade foi roubada por eles e revelada, sem nossa permissão. O livro permite, sem sua autorização, que você se conheça - muito ou pouco. Compreende a profundidade?
 



2 comentários:

  1. É Renan, parece que é um recado pra mim. Irei lê-lo logo pois me deixou bem curioso.
    Valeu a dica amigo!
    Forte abraço!

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  2. Lindo o livro, mas eu não chorei. Adorei o texto.

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