segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre quem vê (ou não) BBB


A galera que se aventura pelos principais portais do país já sabe, aqueles que acompanham estes mesmos portais pelas redes sociais, idem. Mas, caso você realmente não esteja sabendo - acho improvável -, aviso, com exclusividade (na era das mídias sociais TODO MUNDO dá notícia exclusiva, revela estudo), que amanhã, terça-feira, 10/01/2012, vai começar mais um BBB. Um evento e tanto.

É deboche da minha parte tachar o BBB de um evento e tanto? Sim, mas não tem como não qualificá-lo assim, e, visto que são doze edições, minha ironia cai por terra. Doze edições, gente! Se o conteúdo ou falta de é útil ou não, é discutível. Mas, inegavelmente, tem público, tem audiência, tem patrocinadores, dá ibope. Nada na televisão se sustenta sem eles, óbvio.

Então, o reality brasileiro de maior sucesso vai ao ar amanhã à noite pela Globo, mas o debate sobre o programa, seus participantes e, principalmente, quem gosta de assistir, já começou há uma semana em diversos lugares e espaços. A velha ladainha de que BBB é coisa pra gente vazia vem a tona e eu, que já entoei este coro, hoje tenho outra opinião. Não que eu vá acompanhar e, por isso, defender uma idéia por mim, seria egocentrismo em excesso e não sei se já cheguei neste ponto - talvez tenha passado (RISOS?). Na verdade, não sei, talvez eu veja, ou não. Pouco importa. O que quero dizer é: o intelecto de ninguém deve ser medido pelo que o sujeito vê ou não.

Por que a pessoa que acompanha BBB e enche as redes sociais de opiniões sobre o reality é burra, ociosa, estúpida e sem cultura? (Tá, ela pode ser chata, mas isso foge do tema). Quem não vê, automaticamente, é gênio, cultão, fodão, superior, a mente do saber? Conheço um sem número de pessoas que não tem merda nenhuma na cabeça e sempre assiste. Ao mesmo tempo (embora não proporcionalmente), conheço pessoas inteligentes, viajadas, apreciadoras de livros, cinema, mente aberta e tal que gostam de ver, pagam pay per view e tudo. E daí? O cara, necessariamente, tem que ser burro por acompanhar um reality show e/ou inteligente por ler livros? Não é muita pretensão raciocinar assim?

Não quero levantar bandeira do BBB. Longe de mim querer persuadir alguém a ver o programa, sei lá se vale a pena ou não, cabe a cada um julgar com base na própria vivência. Mas acho escroto e idiota definir alguém de qualquer coisa simplesmente por ver ou não o programa.

Ultimamente tenho pensado da seguinte maneira sobre um amontoado de coisas: se acho que vale a pena, vejo, leio, me desloco, me esforço; se acho que não, não vejo, não leio, não me desloco, não me esforço. A gente (me incluo) tem que parar com a mania de querer dar opinião sobre tudo, de querer direcionar o que um ou outro vai ver, fazer ou não. Se você gosta, ótimo, beleza. Do contrário, ignore, limite-se a dizer que não curte, que não acompanha. Não precisa ter motivo e opinião sobre tudo, muito menos sobre BBB (deixei parecer meu desprezo?).

Ps: a foto, tirada por mim na Praia Vermelha, dia desses, é pra dar um tom suave ao texto.


2 comentários:

  1. Achei genial e proporcional a vasta cultura brasileira globalizada, que é rodeada diaramente pelos conceitos emanados pela televisão! É limitado julgar o indivíduo pelo seu critério cultural televisivo, visto que é uma característica nacional. Eu assumo: VEJO BBB! mas numa didática não voltada somente para o entreterimento, e sim, de valores psicológicos e comportamentais. Pode parecer pretensão minha, mas pareço estar num estudo de caso no curso de Psicologia... ou até mesmo, Psiquiatria hauahauhauahu Entendam galera, tudo é válido... quando a mente não é pequena!

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