segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu pai fala cada merda

Acho que eu jamais compraria um livro cujo título é Meu pai fala cada merda, embora eu dê credibilidade a capas que contém informações como "1º lugar na lista de mais vendidos do NYT" - pois é, sou muito influenciado por etiquetas. Gosto de qualquer tipo de leitura, mas ainda sou conservador quando estou numa livraria, e não costumo botar fé em livros que se intitulam hilários. Questão de desconfiança. Não sei se vocês vão respeitar este meu jeito.

No entanto, ganhei este de aniversário e, quando alguém me presenteia com qualquer livro, me sinto na obrigação de lê-lo e comentá-lo como forma de agradecimento a pessoa que me deu - a propósito, preciso falar deste para minha tia.

Em Meu pai fala cada merda, Justin Halpern, um rapaz de 28 anos, resolve voltar a morar com seus pais, após ser chutado pela namorada. A partir deste momento ele começa a publicar no Twitter incontáveis frases de seu pai (e, com o sucesso delas na internet, que conquistou milhões de seguidores, virou livro e, posteriormente, seriado de tevê da Warner!!!!), Sam Halpern, um velho de 73 anos, rabugento e chato ou engraçado e sábio - depende da interpretação de cada um. Aparentemente as frases proferidas por Sam não tem caráter maldoso, mas, quem vive sob turbulências com seu pai dentro de casa, pode encarar as peripécias como ofensas.

Uma amiga, por exemplo, achou escroto à beça a forma com que Sam se refere a Justin (se fosse o Bieber, eu apoiaria). Sim, ela não se dá muito bem com seu pai e encarou a maioria das situações deste livro como estupidez. Não cabe julgá-la e, embora o livro sustente um ar despretensioso, pode desagradar algumas pessoas - minha mãe começou a ler, não viu graça e adjetivou Sam como um grosseirão idiota que maltrata o filho com palavras. Discordo totalmente e confesso que morri de rir com o jeito descolado do coroa e, por mais arrogante que o que ele diga possa soar, achei que, acima de tudo, ela ama seu filho.

Recomendo o livro como uma leitura não obrigatória, apenas pra distrair e dar boas gargalhadas.

Um comentário:

  1. Minha mãe leu o livro e admirou muito a relação aberta que os dois possuem. Apesar de todas as grosseirias, são amigos. A maior parte das ofensas não passa de um recurso de ironia para que o pai não tenha que dar o braço a torcer. Não pra ser realmente ofensivo.

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