O (bad) romance de Lady Gaga

Eu posso afirmar, sem pestanejar, que Bad Romance, melodia da Lady Gaga, foi a música que simbolizou o meu Carnaval. Não é um samba, ritmo mais peculiar nesta época, mas, ainda assim, foi a música que marcou minha arruaça carnavalesca. Só tocava isso na casa onde eu estava, em Saquarema – na maioria das vezes eu fui o DJ, admito.

Por isso e também por achar o ritmo de Bad Romance eletrizante, fui ver o clipe. E gostei. Sim, é uma loucura total, uma viagem enigmática, mas achei os personagens e suas coreografias sensacionais! Confesso que estou tentando memorizar os passos para, em alguma oportunidade, lançá-lo numa rodinha de amigos. Não gosto de aparecer, mas sou fã de qualquer tipo de ritmo onde o corpo balança – tentei fazer uma piada, sem sucesso, obviamente.

O curioso é que, se eu fosse me ligar em letra de música, fatalmente detestaria a maioria das que curto – pop, hip-hop, funk e até mesmo pagode. Sim, gosto de ouvir Caetano, Chico, Gabriel O Pensador, entre outros músicos intelectuais, mas, em termos de ritmo dançante, baixarias e outras peculiaridades, nada melhor que as letras boçais. E Lady Gaga está entre elas.

Assim, fui ao Vagalume e peguei a letra de Bad Romance. E, como já esperava, não me surpreendi com tamanha falta de amor próprio. A letra, que pode ser conferida aqui, fala de uma mulher (talvez a própria Lady Gaga, não conheço sua história) totalmente obcecada pelo ex-namorado. A moça devia ser uma mala como companheira. Na letra, diz que deseja até a doença de seu ex. Isso é forma de demonstrar amor? Sei lá, acho que não, mas não vou entrar na complexidade do amor.

Resumindo: a letra de Bad Romance é ruim, mas, a coreografia e o ritmo, espetaculares. Abaixo, o clipe. Visualize, tire suas próprias conclusões e ouse fazer a coreografia. Não custa nada.