sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O triste final de Pedrinho

Nesta madrugada, acordei, pra variar, atônito. Não era pesadelo, nem sonho. Levantei, fui à cozinha, bebi um pouco de água e regressei ao quarto. Na cama, liguei a tevê e, obviamente, sintonizei o SporTV.

Naquele exato momento, Vanessa Riche, belíssima apresentadora do programa, anunciava o fim da carreira de Pedrinho. Em seguida, a entrevista, na qual ele declarara o motivo crucial para tal: desgaste psicológico por causa da seqüência de lesões.

Quem acompanhou futebol, especialmente o Vasco, lá pelos idos de 97 e 98, conheceu o talento de Pedrinho. Canhoto, com toque refinado, drible curto, chute forte e preciso, ele quase que desfilava em campo, tamanha era sua capacidade de jogar bola. No auge de sua carreira, eu ainda era garoto, tinha 11 anos, e pouco freqüentava São Januário.

Mas, mesmo acompanhando pouco futebol, soube de sua convocação para a Seleção Brasileira. Ali, víamos um talento, que, embora garoto, tinha muito futuro e já começava a traçar sua trajetória, que seria brilhante, não fosse por uma entrada desleal de Jean, jogador do Cruzeiro.

Depois da falta criminosa que recebeu, dor e choro. A maca veio, acompanhada de médicos. Clima apreensivo. Todos em busca de qualquer informação. Pedrinho não voltou para o jogo. E, quem o viu lacrimejar, sabia que se tratava de algo grave. Mas não se imaginava, por mais pessimista que fosse, que seria tão grave a ponto de desfigurar sua carreira.

O tempo passou. Pedrinho, depois de muito tempo, se recuperou e voltou aos gramados. E, embora houvesse alguns descrentes, ele voltou esperançoso, na certeza que reconquistaria tudo novamente. Não aconteceu, lamentavelmente.

De lá pra cá, Pedrinho até empolgou um pouco no Palmeiras, onde fez bons jogos. Mas uma nova lesão o derrubou novamente. E, assim, seguiu. Por onde passava, se machucava. Como ele bem disse, pelo seu histórico de lesões, todos já o olhavam com desconfiança quando alguma dor emergia.

Hoje, com 32 anos, resolveu encerrar a carreira. Sim, prematuramente, mas por conta do desgaste físico e emocional. Pedrinho sentiu que não dava para seguir adiante, reconheceu e decidiu parar. Foi honesto consigo mesmo. Uma pena ver um final tão doloroso assim. Ainda mais por saber que, em plenas condições, chegaria longe. Muito longe. O destino não quis.

3 comentários:

  1. Lembro-me bem da época áurea de Pedrinho e da entrada daquele zagueiro carniceiro.

    É lamentável...

    Foi mais triste vê-lo jogando pelo Vasco novamente (aliás, tentando jogar), na campanha que rebaixou o time para a série B, do que saber de sua aposentadoria precoce.

    Triste :(

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  2. vc ja sabe minha opinião sobre o assunto!


    sem mais.

    Pedro Aguiar
    - Jornalista e Cursando Publicidade

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  3. lembro-me quando Pedrinho se machucou,
    eu era fã desse cara,
    o zagueiro destruiu a carreira dele,
    foi além do que se pode acontecer no gramado.
    triste fim.
    =/

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