terça-feira, 9 de junho de 2009

O cagão como reflexão

Agora a pouco, passeando pelas ruas do Centro do Rio, acompanhado de duas belas moças (Ilana e Vanessa, amigas inseparáveis), me surpreendi com o cenário diante dos meus olhos: Um homem, aparentemente deficiente físico e morador de rua, na ruela São José, em frente ao Mc Donald’s, estava sentado na calçada. Deslizou-se um pouco para a rua, agachou e, sem a menor cerimônia, cagou. Incrível!

Eu, incrédulo, fiquei olhando a cena, pasmado e, pior, com um picolé na mão esquerda. Ilana e Vanessa, também chupando picolé, desviaram o olhar e seguiram, rindo. Depois, ansiosas, me perguntaram o que o rapaz havia feito. Ora bolas, falei que o cara acabara de defecar. No português claro, ele vomitou pelo ânus.

Gargalhadas foram dadas, lógico. E, lógico também, que esse relato é um tremendo estardalhaço. Mas com um propósito: indignar você que me lê.

No Brasil, poucos se indignam com cenas absurdas. Desviam o olhar e tocam a vida. Claro que, neste caso, não é pra tanto. Mas enquanto nós, brasileiros, desviarmos o olhar diante de um problema, como muitos fazem, o Estado, por exemplo, seguirá assim, sem vergonha e imóvel, como o cagão.

3 comentários:

  1. Hoje as pessoas independente de suas classes sociais estão cada vez mais desinibidas. Aqui em São Paulo eu já vi uma mulher fazendo isso, e outra andava pelas ruas só de sutiem. Mas de quem é a culpa?

    ResponderExcluir
  2. Talvez seja dos homens que trajam terno e gravata e andam de peito estufado, Albino.

    ResponderExcluir
  3. Dizem que em Brasília há muitos cagões que nem tiram o terno para defecar...

    ResponderExcluir