Cinemania

1965, Indianápolis. Um casal, visando dedicar-se inteiramente ao trabalho, resolve deixar suas duas filhas com uma senhora, passadeira e mãe de sete, que se prontificou a cuidar das jovens Sylvia (Ellen Page) e Jenny, em troca de um cheque semanal de 20 dólares.

Passado 1 mês sob os cuidados de Gertrude Baniszewski (Catherine Keener), Sylvia é espancada pela primeira vez quando o cheque dos pais atrasa por dois dias; depois por ser acusada de roubo; posteriormente por supostamente ter espalhado um boato a respeito da filha mais velha de Gertrude. As acusações não param por aí e Sylvia passa a ser brutalmente agredida, por inúmeras afirmações que não procedem.

Depois de assistir Um Crime Americano, busquei informações sobre o caso, no qual o longa se baseia. E, pelo que li, Tommy O´Haver soube dosar, com maestria, a dramática história real de Sylvia Likens, omitindo alguns detalhes como, por exemplo, submeter a jovem Sylvia a ficar despida e acorrentada, fato que ocorreu, o que tornaria o longa um pouco pornográfico. O´Haver, inteligentemente, também alternou seqüências do tribunal – com base nos autos do processo – e as cenas de atrocidades, nas quais a jovem e doce Sylvia é oferecida.

Um Crime Americano é um filme muito bem dirigido. Porém extremamente triste e depressivo. Eu, por muitas vezes, hesitei em parar de assistir. Mas, como a história é muito bem narrada e verídica, fui forte e agüentei até o fim.

Ah, não poderia deixar de exaltar também Catherine Keener, pela brilhante interpretação da perversa Gertrude Baniszewski. Me fez, inclusive, ficar com raiva da atriz, quão bem desenvolveu seu papel.

Enfim, recomendo este filme. Assista e me cobre depois.