Lamentações...

Não é o meu estilo, mas por que não desabafar quando bate uma tristeza, um lamento, no próprio blog? Não vejo problema.

Essa semana foi depressiva para mim. E a palavra depressiva me faz voltar no tempo. Isso porque uma amiga me contou uma vez que um rapaz que me conheceu vagamente me adjetivou como depressivo. Por ora eu fiquei extremamente irritado, mas às vezes acho que ele tinha certa razão.

Me entristece me ver cobrando atitudes de pessoas que eu poderia ter tido antes para evitar uma abrangência maior a uma determinado assunto. Em suma, se eu fosse mais esclarecido, genuíno ontem (passado), poderia ter evitado algo que me chateou hoje (presente). Mas não o fiz. E é sempre mais fácil culpar outra pessoa do que reconhecer o próprio erro.

O que quero dizer é o seguinte: por que temos sempre que cobrar dos outros atitudes que nós mesmos não tivemos antes, que poderia evitar um capítulo triste à nossa vida mais a frente?

Aí, lendo o artigo de hoje de Martha Medeiros, que é jornalista, mas mais parece psicóloga, me deparo com um grifo dela na seguinte frase:

“amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência”.

Parece que ela escreveu isso pra mim, por mais que talvez não tenha muito a ver com o que me aflige atualmente.

Bem, como diz Meryl Streep para suas assistentes no ótimo filme “O Diabo veste Prada”: é só isso!