domingo, 6 de novembro de 2011

Por que sumi do Facebook

Algumas pessoas tem me perguntado por que sumi do mural do Facebook. Estou enojado daquilo. Falta paciência pra ler que fulano começou uma amizade com Jorge, Carlos e outras quarenta e nove pessoas, das quais não faço a menor ideia de quem sejam. Por que isso merece divulgação, Mark Zuckerberg? Não acredito que seja falta de senso de humor da minha parte.

Beleza que o conteúdo postado no mural facebookiano não garante felicidade e prazer para todos. Mas é muito impressionante (e especialmente CHATO) a quantidade de gente que compartilha qualquer “bom dia” ou “o dia amanheceu” fornecido pelo falecido Caio Fernando Abreu, pela jornalista que passa imagem de psicologa Martha Medeiros e pelo "melhor do melhor do mundo". Este rapaz do Panico é talentoso, mas QUALQUER COISA que ele posta é epidêmica, se espalha como foco de dengue pelas redes sociais. Até quem não o segue (como eu) acaba lendo uma vez ou outra piadas e “supostas” piadas – supostas entre aspas porque vivemos numa era de banalização de sentimento e do riso também.

E os infindáveis convites para joguinhos? Nossa, ACHAM QUE ESTAO em Las Vegas? E as pessoas que fazem check-in EM CASA? E as freqüentes fotos de cerveja, vodkas e outros destilados (já fiz parte deste grupo certas vezes, vale confessar. Um minuto de silêncio, por favor, para minha vergonha). Haja falta do que falar, de criatividade mínima. O Homo Sapiens deve estar muito desapontado conosco. 

Bom, é isso. Tem sido difícil não se irritar no mural. Por isso tenho evitado, mas eventualmente entro e leio qualquer coisa, alem de postar fotos, como um aspirante a fotografo. As (raras) postagens interessantes que figuram no mural somem no meio desta onda avassaladora de futilidade e compartilhamento da boçalidade. Fim próximo.

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Fiquem com a imagem do pôr do sol em Ipanema, FLAGRADO por mim ontem (5/11/2011), no Posto 9. Me sinto talentoso nos registros! Instagram é mero coadjuvante.


2 comentários:

  1. Pena ver tanto lixo na praia.

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  2. Como muito bem dizia Cazuza, ‘’tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice, dessa eterna falta do que falar’’. De fato esperamos dias melhores, mas tenho certeza de que essa banalização e vulgaridade grotesca, quando falamos de sentimentos, sensações e formas de demonstrá-los, só tende a piorar. No mais, se não pode com eles, ao invés de juntar-se aos mesmos, o jeito é se afastar. Eu te compreendo!

    Ah! Estou te ‘’seguindo’’ aqui. ;]

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