terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ágape


Antes de falar (pouco) do livro, quero esclarecer algumas coisas: 1) Não tenho religião definida, embora, quando questionado, me declare "católico não praticante". Soa como hipocrisia (e talvez seja!), uma vez que vivo questionando a existência do, digamos, criador. Não é deboche, é falta de plena convicção no bem e certeza de que o mal nos rodeia - basta ver o noticiário, ler os jornais, andar pelas ruas. Muitas vezes, acredito na força de algo ao meu lado, principalmente quando estou sozinho pela madrugada, onde se vê de tudo. Suponho que muitas coisas deixaram de acontecer comigo por causa de alguma proteção. O que é exatamente não sei dizer - ou, pelo menos, explicar; 2) Não me considero ateu e não sei argumentar o porquê disso; 3) Fiz primeira comunhão, mas era aquele aluno entediado e, mesmo que tentasse prestar atenção no que dizia a professora, não tinha êxito; 4) Não comprei Ágape, li porque minha avó simplesmente pediu que eu lesse; 5) Não tenho resposta padrão sobre Deus. Não me testem, é o que peço.

Bem, faz algumas semanas que li Ágape e, honestamente, julguei antecipadamente ser algo desnecessário pra mim pelo histórico acima (sou paradoxal?). Não foi. Ele é composto de citações do evangelho de São João, sendo "traduzido" com situações do mundo contemporâneo. Isso é feito de maneira leve e clara pelo padre Marcelo Rossi. Ao final de cada capítulo, há uma interessante oração que corresponde ao tema abordado.

Não achei o livro apelativo. Em 128 páginas, ele dá mostras de como o ser humano pode e deve fazer o bem, sempre tendo o amor divino como lema - amor, aliás, que significa ágape. Aliás, é o contrário - parece que dá no mesmo. Já que me considero uma pessoa do bem, diria que os ensinamentos presentes no livro não me surpreenderam. Funcionou como lembrete. Mas é inegável que a energia positiva é contagiante, dá a impressão de que é possível ser perfeito ou, ao menos, buscar sempre acertar e, principalmente, propagar o bem. Aliás, Padre Marcelo insiste nisso: sempre divulgar o bem, independentemente do lugar e pra quem. E, ainda que eu seja dotado de certa incredulidade, posso afirmar que o livro me fez bem e, de repente, me impulsiona, finalmente, para alguma direção.

Um comentário:

  1. Ele fala do amor e blablabla, mas diz que os gatos não são animais de Deus. E daí ele perde todo o meu respeito.. pq, né?
    Bjbj

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