terça-feira, 20 de setembro de 2011

Larry Crowne e O Homem do Futuro


Na última sexta-feira voltei a freqüentar uma sala de cinema – fazia tempo que não entrava em uma, pura e simplesmente por não abrir mão de cervejas e destilados nas últimas sextas e sábados e por não ter tido tempo hábil durante as semanas. E domingo, convenhamos, é dia de ver futebol o dia todo na tevê e depois ficar feito louco zapeando pelas mesas redondas do SporTV e ESPN, além de fazer comentários pouco inteligentes no Twitter.

Voltando ao cinema. Cheguei às 22h no Cinemark do Plaza e queria ver Planeta dos Macacos às 22h25, mas deixei a critério da Tamara, doce e agradável companhia, que não pestanejou e votou em Larry Crowne – O Amor está de volta. (Não houve réplica). Eu sabia que não gostaria do filme, muito embora seja do Tom Hanks e, principalmente, TENHA Tom Hanks no elenco. Ótimo e carismático ator que fez e participou de apenas mais uma comédia romântica repleta de clichês e com final previsível. Tem também a Julia Roberts, igualmente excelente e dotada de grande carisma. O casal funciona mas o filme não empolga.

Ok, vá lá, Larry Crowne está longe de ser uma porcaria, mas é altamente descartável e esquecível. Trocando em miúdos, daqui a alguns meses eu talvez nem saiba responder se vi ou não este filme – estou forçando conscientemente. Entretanto, pessoas nem tão céticas e exigentes quanto eu devem gostar ou, ao menos, curtir (verbo da moda).

Encerrada a sessão, eu, ciente desde cedo do começo de O Homem do Futuro pontualmente à meia-noite, na sala 1, articulei um entrada triunfal sem ter que pagar por outro ingresso – assim, sair de uma sala e entrar imediatamente em outra (NÃO REPITAM ISSO), já que o corredor estava quase desértico. Tamara ficou um pouco receosa, porém animada com a possibilidade de ver um filme gratuitamente – universitária, sabe como é. Eu deveria me envergonhar desta artimanha, mas me senti mais confortável quando constatei que um casal de, sei lá, 40 e poucos anos, agia da mesma forma.

A postos, agraciei mais uma magnífica atuação de Wagner Moura. Alinne Morais e ele formaram um casal com sintonia e química – o que não quer dizer que o relacionamento deles no filme seja perfeito. WM, aliás, nos remete ao lendário Capitão Nascimento em alguns momentos por causa do tom excêntrico e vigoroso. Bate uma natural e saudável nostalgia.

A trilha sonora é Tempo Perdido, da Legião Urbana, canção já vibrante e que ficou ainda mais na voz de Moura/Morais, sob entusiasmo impressionante da platéia (da película). No mais, não tenho muito a dizer sobre o filme. É bom, prende, tem cenas sinistras, enérgicas, mas não é surpreendente. O roteiro lembra muito o de Efeito Borboleta. Há quem diga que é uma nova versão de De Volta para o Futuro. Pode ser. Fica a critério de cada um comparar ou não. Fato é que, quem acompanha pouco a sétima arte, vai naturalmente achar o filme o máximo. Pra mim, não é, mas ainda assim vale uma ida ao cinema – pagando ingresso, de preferência.

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