quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Muita Calma Nessa Hora


No último domingo, véspera de feriado, fui ao cinema para ver Muita Calma Nessa Hora. E, de fato, precisei ter muita calma, pois a bilheteria estava lotada e o painel indicava que a última sessão do filme de Felipe Joffily estava esgotada. Fila enorme para a exibição de 21h, garotada empolgada, enfim, o fuzuê estava armado. Mas não tinha vaga pra mim. Uma lástima, pensei.

No dia seguinte, fui esperto. Como era feriado, imaginei que as salas estariam abarrotadas novamente e, curioso para entender por que o efeito de Tropa de Elite 2 estava acontecendo de novo, comprei o ingresso pela internet e saí de casa ciente de que veria o filme.

Fato é que Muita Calma Nessa Hora não justificou toda minha excitação de cinéfilo. Esperava mais do filme. Aliás, me desculpe os que gostaram, mas eu esperava um mínimo do filme O roteiro aguçado com o humor de Bruno Mazzeo, grande figura, é fraco, sem propósito, raso. Sinceramente, não vi conteúdo no filme que justifique o público de 261.775 espectadores no fim de semana prolongado - para ser ter uma idéia, Muita Calma Nessa Hora teve mais público em quatro dias do que A Suprema Felicidade, longa de Arnaldo Jabor, teve ao longo de três semanas em cartaz, com 204.734 espectadores.

O filme? Ah, o filme. Três belas garotas, Andreia Horta, Gianne Albertoni e Fernanda Souza - destaque para as duas primeiras, exuberantes fisicamente e convincentes como atriz -, estão cansadas dos homens que as rodeiam. Resolvem, então, ir para Búzios curtir o fim de semana e, lá, querem apenas usá-los. Compromisso, nem pensar. No caminho, dão carona a personagem de Débora Lamm, que, ao contrário delas, está a procura do pai. As quatro se tornam amigas, mas a única coisa que se tira delas é algumas boas risadas. No mais, muita futilidade.

Já os homens (ou humoristas, como quiser) aparecem, digamos, menos ainda. Bruno Mazzeo e Marcelo Adnet tem ligeiras aparições, arrancam gargalhadas, mas só. Esperava mais deles. Marcos Mion e Sérgio Mallandro fazem pontas e há quem tenha notado Marcelo Tas no filme. Tarefa árdua ou este que vos escreve estava disperso, broxa, diante de um filme vazio. Tive calma, tive paciência, mas na hora, na hora H, me decepcionei.



Um comentário:

  1. Tá todo mundo dizendo que este filme promete mais do que cumpre. Eu achei o trailer engraçado e ainda pretendo assistir ao filme.

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