domingo, 23 de maio de 2010

Novo técnico, velhos erros

É difícil acreditar na ofensividade de um time que entra em campo com 4 volantes (Nilton, Rafael Carioca, Léo Gago e Souza), 2 zagueiros (Dedé e Thiago Martinelli) e (mais) um volante mascarado de lateral (Jumar). Contando com o goleiro, são nada menos que 8 jogadores que, em tese, tem como especialidade defender. Em tese, repito. Apesar do prognóstico de um Vasco defensivo e covarde, não foi isso que se viu em campo. Mesmo com o início enérgico do Avaí, algo peculiar para um time que atua sob seus domínios, não demorou para o time de Celso Roth tomar conta do jogo.

Sim, o Vasco, mesmo com 7 jogadores de defesa em campo, dominou o jogo. Phillipe Coutinho, com espaço, ditou o ritmo, não se acolheu como em alguns jogos e criou boas situações, além de finalizar por duas vezes com perigo, uma no travessão, inclusive. Souza, mesmo lento, também ajudava no apoio. Léo Gago arriscava chutes de longa distância e, em uma bela cobrança de falta, quase fez um golaço. Lá atrás, Nilton e Rafael Carioca seguiam impecáveis na marcação. Só que o Vasco esbarrava no goleiro adversário e também na falta de finalização precisa à gol. Por ironia, na primeira oportunidade clara do adversário, algo que o Vasco tivera em, no mínimo, três situações, o Avaí abriu o marcador com Roberto, em falha de Nilton.

O jogo era bom, muito movimentado, lá e cá, mas com um pouco mais de volume para o Vasco, que veio para o segundo tempo com menos volantes e mais atacantes – Léo Gago deu lugar ao irritadiço Rafael Coelho. Ou seja, o Vasco seguia sem armador em campo, o que considero o primeiro erro de Roth. Por que não escalar Magno? O fato de não ter ninguém na criação obrigava o recuo dos atacantes vascaínos para buscarem jogo. Isso vinha dando certo até um marcador do Avaí colar implacavelmente em Coutinho.

A partida seguia equilibrada, tendo o Vasco, de novo, o maior volume, mas, desperdiçando chances claras, principalmente com Rafael Coelho, esquentadinho à beça, que chutou na trave quando não tinha sequer goleiro. Cena, aliás, que retrata a intranqüilidade que ainda atormenta o Vasco. Nos acréscimos, o Avaí fechou o placar aos 46 minutos com Róbson, em nova falha da zaga vascaína, desta vez mal posicionada.

Em suma, o Vasco melhorou, o que nada quer dizer, já que segue sem vencer. 1 ponto em apenas 3 jogos, culminando com a ingrata 19ª colocação. O time precisa de reforços. Bons reforços! Do contrário, o calvário que ocorreu em 2008 se repetirá em 2010.


Um comentário:

  1. Pode xingar aqui ou é um blog de família? Acho que vou deixar de torcer pro Vasco. Quando melhorar ou voltar para a série B e for campeão novamente de alguma coisa, volto a torcer. Fora isso, alguém dá uma surra no Nilton, por favor? Grata! [viu, nem xinguei. =P]

    ResponderExcluir