quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Até quando?

Ontem, o entorno do Maracanã parecia um cenário de guerra: bombas de efeito moral, gás de pimenta, balas de borracha, truculência, desorganização, despreparo, pancadaria, cambistas, roubo, e sabe-se lá o que mais.

Especula-se que mais ou menos 15 mil rubro-negros fizeram fila para adquirir os últimos 5 mil ingressos para Flamengo e Grêmio, domingo, válido pela rodada derradeira do Campeonato Brasileiro. E, como o jogo vale título, é evidente que haveria (como houve) uma demanda maior por ingressos. Óbvio, também, que haveria (e como!) cambistas por toda parte. E, claro, a PM, a Suderj e o próprio Flamengo não se programaram para isso. Resultado: crianças e torcedores feridos, confrontos, corre-corre e muito desespero. Alguma novidade?

Quem mora no Rio e costuma frequentar Maracanã, São Januário e Engenhão sabe que esse problema é trivial. Acontece sempre. Só que, quando em maior número, chama mais a atenção, causa mais impacto. Aí, x joga a culpa em y, que culpa z por n motivos. Até quando?

De nada adianta apontar o erro e não resolver a causa. Lembremos que, em 2014, sediaremos uma Copa do Mundo, maior evento futebolístico do planeta. Se não se consegue organizar filas, combater cambistas, planejar fluidez no trânsito, seremos motivos de chacota no mundial.

Acho que o Estado deveria parar de pensar apenas nas Olimpíadas e dar mais atenção a questões primárias como estas.

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