quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Em busca do vale encantado



Não, não vou falar do jogo em si entre Fluminense e Cerro Porteño, que culminou com a classificação do tricolor carioca à final da Copa Sul-Americana, até porque só vi os minutos finais e fervorosos da partida. Quero falar do espírito do time tricolor, que se revigorou.

Hoje, mais cedo, uma frase do jornalista Juca Kfouri me emocionou e causou reflexão sobre o momento que vive o Fluminense: "Há uma força estranha no ar, em grená, verde e branco. Força que parece não conhecer limites" (Juca Kfouri).

Juca definiu, sabiamente, o que se passa atualmente no Fluminense. Um time sem limites, aguerrido, disposto a vencer, jamais empatar ou perder. Time que se entrega, que come grana e sangra dentro de campo. Time bem comandado por Cuca, com líderes como Conca e Fred, dois talentosos jogadores. Time que tem apoio procedente da arquibancada, com uma torcida hercúlea, que canta incessantemente.

Esse time atual do Fluminense tem me enchido os olhos. Mistura de técnica e tática aliado a vontade. O futebol de hoje, tão carente de brilhantismo, de ídolos, ainda assim consegue uma forma de impressionar amantes do esporte como eu. A comoção vem em forma de raça, garra, entrega. Eu, vascaíno dos bons, que acompanho o futebol em geral, estou embasbacado com o que este time das Laranjeiras vem suando em campo.

Não há palavra que defina a festa feita ontem na arquibancada do Maracanã. A torcida, assim como a do Vasco na Série B, abraçou o time, o pegou no colo e quer reerguê-lo. Dentro de campo, percebe-se a reciprocidade dos jogadores, que seguem fazendo vítimas. Já são 12 jogos de invencibilidade, fruto que resultou em uma classificação a final e uma esperança contra o descenso no Brasileiro. O Flu está tão bem que deu caldo em duas competições simultâneas. Não é fácil.

Enfim, avante, Flu! Não sei mais se cairá e, sinceramente, desisti de duvidar. De qualquer forma, que feche o ano coroando um título internacional em cima de um adversário que o tricolor ainda não digeriu.

João de Deus agradecerá.

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