segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O sentimento renasceu

Desde sábado, após a confirmação do retorno do Vasco à seu lugar de direito, muitos amigos me perguntam: e aí, Renan, comemorou bastante? Minha resposta é sempre a mesma: não. Eu, vascaíno ranzinza, acostumado a vibrar com conquistas, fiquei meio reticente após a vitória sobre o Juventude. Eu custei a perceber que a torcida não estava comemorando apenas a volta do Vasco à Primeira Divisão. Os vascaínos vibravam com a renovação do sentimento ao Vasco, que, se nunca parou, estava por muito tempo desanimado por causa do passado obscuro.

É fato: há muito tempo não se via tanto orgulho em vestir a camisa do Vasco. Faz muito tempo também que não se via um time tão dedicado, tão enraizado num trabalho. Diretoria centrada, jogadores comprometidos, comissão técnica competente e torcida apaixonada. Ingredientes que, reunidos, dão êxito a um time. E foi isso que se viu durante a Série B, uma competição indigna com as tradições do Gigante da Colina.

Acompanhei de perto a campanha do Vasco na Segunda Divisão, indo a diversos jogos, em alguns até sozinho. Sábado, eu não estava no Maracanã. Estava na praia, sem saber o que se passava no maior do mundo. Quando cheguei em casa e vi os gols, a festa memorável da torcida, os cânticos apaixonados oriundo das arquibancadas, as declarações de jogadores que tinham pouca identificação com o clube Vasco da Gama, não consegui conter as lágrimas. E, isso tudo, me fez perceber o quão grande é o Vasco, o quão gigante é este clube pelo qual eu escolhi torcer.

Portanto, parabéns a todos que se engajaram no trabalho de reconstrução do Vasco da Gama. E que, em 2010, o clube possa vislumbrar novas conquistas, novos horizontes. E, agora, mais do que nunca, o sentimento não pode parar.

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