quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que houve, Leão?

Decididamente, a intenção inicial não era ver Sport x Duque de Caxias, pela Série B, na outrora temida Ilha do Retiro. Liguei o notebook, pus no SporTV, li alguns textos e deixei o que o narrador falava entrar em meus ouvidos. No entanto, a narração mais parecia sonoplastia de um filme de terror.

Quem é que não se lembra de algumas partidas do Sport, ano passado, atuando em seus domínios, acuando o adversário, seja ele time grande ou pequeno?

Ainda que em má fase e brigando lá embaixo, a Ilha do Retiro costumava encher, chegou a ter uma das melhores médias de público do Brasileiro, ofuscando inclusive times que figuravam nas primeiras posições da tabela. Assim, o Sport, ao menos, era temido, ainda que em um tempo apenas de jogo.

Hoje, nesta mesma Ilha do Retiro, o que se viu foi um cenário catastrófico. O Leão, diante de um fraco Duque de Caxias, tentava criar jogadas, até com certo êxito, tendo em vista a fragilidade do adversário. Fez um primeiro tempo razoável e, no segundo, ainda viu Roberto Lopes ser expulso pelo Duque, logo aos 3 minutos. Ou seja, tudo conspirava a favor do Rubro-Negro, que já vencia por 1x0, gol de Ciro.

O que não se previa, no entanto, era que a zaga do Sport fosse cometer tantos erros num curto espaço de tempo. Primeiro, no pênalti convertido por Alexsandro, o bom goleiro Magrão, que tantas boas partidas fez no ano passado, deixou a bola passar por debaixo de seu corpo. Não foi uma falha grotesca, mas era defensável. No segundo gol do time fluminense, falha primária da zaga rubro-negra, que deixou Danilo Rios penetrar, sozinho, na área, após Marquinho encobrir a barreira com um leve toque. Sim, pouco de mérito do time carioca, mas muito amadorismo da zaga do Sport.

Em suma, uma vitória encaminhada se transformou em tragédia, com uma derrota inesperada, frustrando um público de 9.076 pagantes (melhor que muitos da elite), que culminou com a ingrata 15ª posição, perigando a zona de descenso. O leão precisa retomar o rumo e, principalmente, voltar a uivar dentro de casa, como no ano passado. E não cabe a desculpa de que a torcida não têm ajudado.

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