Quando eu ainda lia O Seminarista, última obra de Rubem Fonseca, uma advogada do escritório onde trabalho viu o livro sobre minha mesa e perguntou:
- Você gosta de Rubem Fonseca?
- Sim, respondi.
- Que isso! O cara só conta tragédia!, afirmou, torcendo a cara.
Por ser verdade, emudeci, com cara de tacho. De fato, Rubem Fonseca narra, com maestria, assassinatos, histórias sanguinárias, mas tragicômicas. A forma simples com que descreve as situações, os locais e os personagens de suas obras impressiona. Você lê e pensa que é fácil escrever com tanta clareza. E não é. Eu, que tanto aprecio a arte de escrever, admiro muito o seu estilo. Sendo assim, retomei o diálogo, dois dias depois, quando já terminara a leitura:
- Renata, você tem razão. Rubem Fonseca só narra histórias sanguinárias. Mas de forma tragicômica, com uma sábia maneira de entreter o leitor.
- Pois é. Acho que pelo fato de ter trabalhado tanto tempo como comissário de polícia. Parece ser um cara amargurado. Devia escrever pro jornal O Povo...
- Pode ser. Mas quer saber? Sou fã da escrita dele, das histórias que ele narra, ainda que trágicas. É um grande escritor.
- Bem, eu não gosto. Mas... – finalizou a advogada.
Em O Seminarista, Rubem Fonseca nos apresenta o Especialista, um exímio matador de aluguel. Suas vítimas, geralmente, são pessoas importantes. O Despachante é quem as aponta. O Especialista é um cara frio, faz seus serviços sem deixar rastros, ganha bem e, nas horas vagas, se consome com filmes e livros. É um homem baixo, feio, culto e apreciador do latim. Mora sozinho no Rio de Janeiro e, volta e meia, encontra uma mulher para se distrair.
Com o tempo, conhece uma jovem alemã, se apaixona por ela e decide largar a profissão. Cansou de matar. Já ganhou grana suficiente para tocar a vida sem precisar enfiar uma bala certeira na cabeça de suas vítimas. Mas, depois de anunciar sua aposentadoria ao Despachante, começa a ser seguido. Um dos homens que, certa vez, o contratara para um serviço, através do Despachante, desconfia que o Especialista sabe de algo comprometedor. A partir daí a leitura, que já corria em alta velocidade, decola. O livro é devorado. O final? Surpreendente, algo peculiar nas narrativas de Rubem Fonseca. Eu recomendo.
- Você gosta de Rubem Fonseca?
- Sim, respondi.
- Que isso! O cara só conta tragédia!, afirmou, torcendo a cara.
Por ser verdade, emudeci, com cara de tacho. De fato, Rubem Fonseca narra, com maestria, assassinatos, histórias sanguinárias, mas tragicômicas. A forma simples com que descreve as situações, os locais e os personagens de suas obras impressiona. Você lê e pensa que é fácil escrever com tanta clareza. E não é. Eu, que tanto aprecio a arte de escrever, admiro muito o seu estilo. Sendo assim, retomei o diálogo, dois dias depois, quando já terminara a leitura:
- Renata, você tem razão. Rubem Fonseca só narra histórias sanguinárias. Mas de forma tragicômica, com uma sábia maneira de entreter o leitor.
- Pois é. Acho que pelo fato de ter trabalhado tanto tempo como comissário de polícia. Parece ser um cara amargurado. Devia escrever pro jornal O Povo...
- Pode ser. Mas quer saber? Sou fã da escrita dele, das histórias que ele narra, ainda que trágicas. É um grande escritor.
- Bem, eu não gosto. Mas... – finalizou a advogada.
Em O Seminarista, Rubem Fonseca nos apresenta o Especialista, um exímio matador de aluguel. Suas vítimas, geralmente, são pessoas importantes. O Despachante é quem as aponta. O Especialista é um cara frio, faz seus serviços sem deixar rastros, ganha bem e, nas horas vagas, se consome com filmes e livros. É um homem baixo, feio, culto e apreciador do latim. Mora sozinho no Rio de Janeiro e, volta e meia, encontra uma mulher para se distrair.
Com o tempo, conhece uma jovem alemã, se apaixona por ela e decide largar a profissão. Cansou de matar. Já ganhou grana suficiente para tocar a vida sem precisar enfiar uma bala certeira na cabeça de suas vítimas. Mas, depois de anunciar sua aposentadoria ao Despachante, começa a ser seguido. Um dos homens que, certa vez, o contratara para um serviço, através do Despachante, desconfia que o Especialista sabe de algo comprometedor. A partir daí a leitura, que já corria em alta velocidade, decola. O livro é devorado. O final? Surpreendente, algo peculiar nas narrativas de Rubem Fonseca. Eu recomendo.
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