Tarde ensolarada no Maracanã; Mais de 70 mil presentes; Festa das duas torcidas, com direito a musiquinha de complô contra o Império do Amor rubro-negro. De um lado, o Vasco, time de melhor campanha, dono da melhor defesa, com jogadores gabaritados como Carlos Alberto, Coutinho e Dodô, o artilheiro da competição e dos gols bonitos. Do outro, o Botafogo, considerado o azarão do campeonato, mas que tem Loco Abreu, Herrera e Papai Joel, dono de uma estrela do tamanho do Glorioso.
Em campo, pouca técnica, muita disposição, diversos erros de passes e emoção de sobra para os dois lados. O Botafogo tomou a iniciativa do jogo. Começou pressionando, mas sem sucesso com os pés de Loco Abreu. O Vasco respondia e tomou conta do jogo. Tinha mais posse de bola, mas não concluía (bem) a gol. Era visível à procura por Dodô. Coutinho, Carlos Alberto (o melhor), Souza, Nilton, enfim, todos jogavam em prol do artilheiro dos gols bonitos, sem êxito. Dodô estava muito marcado, até porque ficava mais plantado no ataque, esperando algum passe para finalizar. Coutinho, que não é atacante, vinha de trás, tentando armar as jogadas para Dodô, que tinha quase sempre dois marcadores em sua cola. Enfim, o Vasco afunilava demais e não finalizava.
Já o Botafogo chegava com mais timidez, porém com maior perigo. Marcelo Cordeiro, embora mal no jogo, era sempre acionado pela esquerda para alçar bolas na área – principal jogada do Alvinegro. Mas Fernando Prass saia bem do gol e cortava a maioria dos cruzamentos. Lúcio Flávio, apagado, nada fez. Herrera, sempre disposto, incomodava muito a zaga do Vasco, que se safava bem. Alessandro, um monstro: subia, às vezes, ao ataque e marcava com perfeição na zaga. Grande partida!
Enfim, veio o segundo tempo e o Botafogo, assim como na etapa inicial, tomou a iniciativa, desta vez com Herrera, que só não abriu o placar porque Fernando Prass protagonizou um milagre no Maracanã. O Vasco, então, voltou a ter o domínio, tocava mais a bola, mas afunilava em demasia as jogadas. Carlos Alberto era o único que tentava arremates de fora da área. Coutinho, nervoso, errava passes que não costuma errar. Magno, que substituira Léo Gago, só fazia firulas e prendia a bola. Em suma, o Vasco ciscava muito a área do Botafogo, mas não finalizava com precisão – exceto os chutes de fora da área do capitão vascaíno.
Joel, com toda sua estrela, resolveu colocar seu talismã Caio. O Botafogo ganhou em movimentação e, num escanteio, Fernando Pass saiu mal do gol e viu Fábio Ferreira testar para o gol vazio: 1x0. O Vasco sentiu o golpe. Parecia despedaçado emocionalmente, tanto que Nilton, com uma entrada criminosa (merece um duro gancho do STJD) deu um carrinho criminoso em Caio e foi expulso direto. A frente no placar e com um homem a mais, o Botafogo decidiu matar o jogo. Em nova bola alçada na área, desta vez em cobrança de falta, Loco Abreu foi puxado por Titi e o juiz assinalou pênalti. O zagueiro do Vasco, que já tinha amarelo, levou o segundo e foi pro chuveiro. Loco Abreu cobrou a penalidade com perfeição e fechou o caixão: 2x0.
Título sacramentado para um Botafogo que, tecnicamente, não é melhor do que o Vasco, assim como também não é do que o Flamengo. Jogou dentro de suas limitações e soube vencer os jogos em sua melhor jogada: o jogo aéreo. Mérito dos jogadores? Claro, mas em especial de Joel Santana, o Rei do Rio, o treinador gozador, que eu e muita gente insiste em criticar, olhar sob desconfiança, mas que sabe armar e motivar times razoáveis. Joel pegou o Botafogo na terceira rodada em migalhas, após humilhante goleada aplicada pelo Vasco. Chegou com cautela, fechou o time, compactuou o meio de campo e armou uma jogada mortal no ataque. Tem estrela esse Joel, tanto quanto o Botafogo. Dupla perfeita e de sucesso. Parabéns aos dois!
Em campo, pouca técnica, muita disposição, diversos erros de passes e emoção de sobra para os dois lados. O Botafogo tomou a iniciativa do jogo. Começou pressionando, mas sem sucesso com os pés de Loco Abreu. O Vasco respondia e tomou conta do jogo. Tinha mais posse de bola, mas não concluía (bem) a gol. Era visível à procura por Dodô. Coutinho, Carlos Alberto (o melhor), Souza, Nilton, enfim, todos jogavam em prol do artilheiro dos gols bonitos, sem êxito. Dodô estava muito marcado, até porque ficava mais plantado no ataque, esperando algum passe para finalizar. Coutinho, que não é atacante, vinha de trás, tentando armar as jogadas para Dodô, que tinha quase sempre dois marcadores em sua cola. Enfim, o Vasco afunilava demais e não finalizava.
Já o Botafogo chegava com mais timidez, porém com maior perigo. Marcelo Cordeiro, embora mal no jogo, era sempre acionado pela esquerda para alçar bolas na área – principal jogada do Alvinegro. Mas Fernando Prass saia bem do gol e cortava a maioria dos cruzamentos. Lúcio Flávio, apagado, nada fez. Herrera, sempre disposto, incomodava muito a zaga do Vasco, que se safava bem. Alessandro, um monstro: subia, às vezes, ao ataque e marcava com perfeição na zaga. Grande partida!
Enfim, veio o segundo tempo e o Botafogo, assim como na etapa inicial, tomou a iniciativa, desta vez com Herrera, que só não abriu o placar porque Fernando Prass protagonizou um milagre no Maracanã. O Vasco, então, voltou a ter o domínio, tocava mais a bola, mas afunilava em demasia as jogadas. Carlos Alberto era o único que tentava arremates de fora da área. Coutinho, nervoso, errava passes que não costuma errar. Magno, que substituira Léo Gago, só fazia firulas e prendia a bola. Em suma, o Vasco ciscava muito a área do Botafogo, mas não finalizava com precisão – exceto os chutes de fora da área do capitão vascaíno.
Joel, com toda sua estrela, resolveu colocar seu talismã Caio. O Botafogo ganhou em movimentação e, num escanteio, Fernando Pass saiu mal do gol e viu Fábio Ferreira testar para o gol vazio: 1x0. O Vasco sentiu o golpe. Parecia despedaçado emocionalmente, tanto que Nilton, com uma entrada criminosa (merece um duro gancho do STJD) deu um carrinho criminoso em Caio e foi expulso direto. A frente no placar e com um homem a mais, o Botafogo decidiu matar o jogo. Em nova bola alçada na área, desta vez em cobrança de falta, Loco Abreu foi puxado por Titi e o juiz assinalou pênalti. O zagueiro do Vasco, que já tinha amarelo, levou o segundo e foi pro chuveiro. Loco Abreu cobrou a penalidade com perfeição e fechou o caixão: 2x0.
Título sacramentado para um Botafogo que, tecnicamente, não é melhor do que o Vasco, assim como também não é do que o Flamengo. Jogou dentro de suas limitações e soube vencer os jogos em sua melhor jogada: o jogo aéreo. Mérito dos jogadores? Claro, mas em especial de Joel Santana, o Rei do Rio, o treinador gozador, que eu e muita gente insiste em criticar, olhar sob desconfiança, mas que sabe armar e motivar times razoáveis. Joel pegou o Botafogo na terceira rodada em migalhas, após humilhante goleada aplicada pelo Vasco. Chegou com cautela, fechou o time, compactuou o meio de campo e armou uma jogada mortal no ataque. Tem estrela esse Joel, tanto quanto o Botafogo. Dupla perfeita e de sucesso. Parabéns aos dois!
Gostei de como descreveu o jogo de hoje Renan!
ResponderExcluirtenho plena consciência que o meu Botafogo precisa melhorar, mas nada como um bom treinador e um titulo para da animo aos jogadores, parabéns também pela campanha do seu vasco, que foi muito boa!
beijos ;*
Hoje era jogo pra 1 a 0. Os dois times esbarraram em suas limitações e o resultado como eu já esperava saiu de erros sutís. O jogo caminhava pra isso, o vasco até que tentou de fora da área mas sem sucesso. Enfim, que venha o segundo turno. E foi boa a visão mais uma vez.
ResponderExcluirDe que adianta ganhar de 6x0 na fase classificatória e perder na final? O Vasco podia ter guardado uns golzinhos pra ontem. O time está com um sério problema no último passe. Não creio ser só a marcação no Dodô (que visivelmente continua fora de forma). Falta precisão no último passe mesmo. Vamos ver como será a Taça rio.
ResponderExcluirNossa! Fiquei arrepiada com seu depoimento sobre o jogo. Lendo assim, não tenho como discordar! Enfim.. parabéns ao Botafogo!
ResponderExcluirQuando resolvo torcer pelo Vasco (já que meu flamengo sucumbiu frente ao Botafogo), acontece uma coisa dessas, haha.
ResponderExcluirAbraço!
Cinema para Desocupados