quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Formspring: modismo, sim; idiotismo, não.

Aderi a mais nova rede social disponível na internet. Trata-se do Formspring, uma espécie de mural de perguntas, onde qualquer um, sendo cadastrado ou não, tem a liberdade de te perguntar sobre quaisquer assuntos, podendo ser respondido ou simplesmente ignorado pelo usuário. Não há mistério no Formspring: de fácil manuseio e sem muito espaço para destoar de seu objetivo principal. Em suma, é um jogo de perguntas e respostas.

Eu, no embalo da falação somado a curiosidade, entrei neste universo há dois dias. E, depois de algumas horas cadastrado, fui surpreendido com perguntas imorais, destemidas, bizarras, interessantes e nostálgicas. De início, levei um susto com algumas delas – anônimas, certamente escritas por pessoas que me conhecem bem. Respondi a todas, mas, depois de alguns minutos, apaguei as esdrúxulas.

Me questionaram, por exemplo, se já me relacionei com homens. De cara, pré-julguei e imaginei que fosse algum amigo sarcástico – o que é bem provável. Mas, depois, lembrei que o mundo virtual é infinito e que, por conta disso, a pergunta pode ter sido feita por qualquer pessoa, que não necessariamente tem ciência da minha sexualidade.

Hoje, com uma simples pergunta, uma menina que mora na Bahia fez passar um filme na minha cabeça sobre minha pré-adolescência, que foi um período indeciso no que diz respeito a futuro profissional. Aos 15 anos, em meio a uma série de testes futebolísticos, não sabia se engajava de vez na (provável) profissão de jogador ou se seguia estudando. Queria conciliar os dois. Meu pai, que me levava com prazer a São Januário para a peneira, sabia que não daria. Hoje, maduro, sei que ele tinha razão. Eu estava entre o campo e a sala de aula. E nunca gostei da ideia de abandonar estudo. Enfim, acabei não me tornando jogador de futebol, carreira mais desejada do país – afirmo sem base de pesquisas.

Dos meus quinze anos até hoje, oito anos se passaram. E na hora de redigir a resposta à baiana, me senti revivendo o passado. Deu uma saudade enorme. Normal, afinal, quem não se pega relembrando bons tempos que, como diz a música, não voltam mais? Algo natural, que pode ser proporcionado através de qualquer meio social, mas mais incisivamente pelo Formspring, onde o objetivo principal, repito, é questionar, sem qualquer temeridade. Pena ter gente que não saiba enraizar, com simpatia e bom-humor, o espírito da brincadeira.

Um recado aos que não são adeptos do Formspring: não critiquem sem antes conhecê-lo. Ele pode reviver ótimas lembranças, relembrar grandes momentos da infância e fazer até com que você se conheça um pouco mais. Basta saber usar. Fica a dica.

Em tempo, o meu:
www.formspring.me/renancanuto

4 comentários:

  1. O Formspring me surpreendeu bastante. Por enquanto, tô gostando. Vamos ver se vai durar.

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  2. Eu também aderi o formspring a pouco tempo. Ainda não recebi muuuitas perguntas, mas esta sendo bem legal. Além de que, foi através dele que conheci o seu blog, e me apaixonei! rs

    Beijosss

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  3. Me surpreendí bastante com o site por propiciar o contato com todo tipo de usuário, e felizmente, até agora quase todas perguntas que recebí foram dentro de um nível bem interessante e instigante. Por enquanto, também estou gostando.

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  4. Não quero me mostrar deliberadamente ofensivo, mas não entendo a real intenção do Formspring! Por mais que seja um site para relacionamentos, e o mesmo ser de fácil utilização, são somente, perguntas! E dos quais já observei... de extremo mau gosto e vulgaridade... mas vale do dono do perfil selecionar de maneira cuidadosa, como fez nosso estimado blogueiro. Na verdade, o Formspring parece ser um "A tarde é sua" com a Sônia Abraão, onde tudo pode ser exposto de maneira sensacionalista, e sem pudores. Só que sendo assim, o usuário tem direito a resposta... hauahauhauah e não é por nada, na maioria das vezes as respostas são altamente sarcásticas e não demosntram a verdadeira personalidade. Resumindo, com uma interface fácil e que administra a comunicação.. é válido. Mas se realmente quero manter um nível de contato plausível... as perguntas olho no olho são bem mais interessantes, dignas de inteligência e verdadeiro cárater.

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