“Limpo” há dois anos, Brooks se vê atormentado pelo seu alter ego, uma espécie de sementinha do mal, aquele zumbido que, por vezes, sugere caminhos errados e decisões equivocadas sobre nossos ouvidos. Metaforicamente, é como se você tivesse apenas o dinheiro do aluguel de seu apartamento e, inesperadamente, recebesse uma ligação de um amigo boêmio, sugerindo que você ative o foda-se e gaste tudo com cervejas e esbórnia. Interessante é que essa voz sombria que azucrina Brooks rende um papel, muito bem interpretado por William Hurt. É o lado serial killer de Brooks, do qual ninguém conhece.
Após dois anos sem sair da linha, Brooks decide retomar à ativa. Ainda que esbanjando a frieza de um exímio assassino, ele deixa um rastro comprometedor nesta que o próprio Brooks garante ser sua última aparição. Em seu encalço, dois carrapatos: a detetive Tracy Atwood (Demi Moore), que, além de encarregada das investigações do crime do Assassino da Impressão Digital (marca de Brooks), está em litígio com seu ex-marido, que exige uma dinheirama no processo de divórcio; e um fotógrafo observador (Dane Cook), que começa a chantagear Brooks. Interessante é que o rapaz, em vez de cifras, quer apenas se aventurar pela noite com Brooks, mas não sexualmente – você, maldoso, certamente pensou nesta possibilidade.
Instinto Secreto, dirigido em 2007 por Bruce Evans, é um bom filme. Bem desenvolvido e com boas atuações de Kevin Costner e, principalmente, William Hurt, ele prende sua atenção, com um desfecho surpreendente.
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