quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cabo do Medo

Max Cady (Robert De Niro), um ex-presidiário que cumpriu 14 anos de prisão por estupro, está livre e quer vingança. E o alvo é a família de seu ex-advogado Sam Bowden (Nick Nolte), que ignorou informações que alterariam a decisão do júri sobre sua pena.

Max, antes analfabeto, agora tem conhecimento sobre a lei e sabe, digamos, assustar legalmente – aprendeu a ler enquanto esteve preso e devorou diversos livros. É um psicopata implacável, irônico, filosófico, inteligente e exageradamente hostil. Profere umas tiradas espetaculares, como todo homem precisa de algum vício para lembrar que é humano.

Saindo um pouco do destaque particular de De Niro, Cabo do Medo, do genial diretor Martin Scorsese, mostra como é duro sofrer, implicitamente, ameaças sem apoio da polícia, que alega precisar que algo de concreto aconteça para tomar qualquer providência. Sam e sua família sentem isso na pele de maneira fria e inteligentemente calculada por Max. Nós, no cotidiano, idem, não é mesmo? O que você faz quando tem a sensação de que alguém está te seguindo? Foge ou arrisca esperar que o tal algo venha para depois denunciar? Neste filme, não dá pra prever. É agonizante, eletrizante e intrigante.

Ao final, me peguei pensando o seguinte: Max ou Sam? Quem, de fato, é o vilão da história? Dizem que filme bom é aquele que nos deixa com a pulga atrás da orelha, com uma dúvida no ar. Cabo do Medo é um desses. Portanto, assista e tire suas próprias conclusões.

2 comentários:

  1. Scorsese e De Niro juntos são uma das melhores duplas da história do cinema. A participação de
    Juliette Lewis, no começo da carreira, também é ótima. Hoje, o queridinho do diretor é o Di Caprio, e juntos têm feito muita coisa boa !!

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  2. Este é um grande filme. Um excelente suspense. Incrível o clima e a atmosfera que o Scorsese conseguiu criar com a ajuda das excelentes performances de Robert de Niro, Juliette Lewis e Nick Nolte.

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